Embora já viesse crescendo aos poucos enquanto tendência profissional, após a pandemia, a modalidade Home office se tornou algo incontornável para muitas empresas. Até mesmo profissionais públicos acabaram indo trabalhar em suas casas.
Na verdade, existem vários formatos possíveis de “trabalho em casa”. Assim, você não precisa se dedicar de maneira totalmente desligada da empresa, podendo fazer uma modalidade mista, ou mesmo com suporte de coworking.
Na modalidade mista, é possível ir à sede somente quando necessário ou de acordo com uma agenda pré-definida.
No segundo caso, é possível contar com espaços especialmente voltados para a locação de estações de trabalho ou salas de reunião.
Nesses coworkings, é possível unir uma equipe inteira, ou apenas os funcionários essenciais para cada ação que a empresa for fazer.
Tal estratégia é bastante utilizada por startups e fornece desde serviços de impressão, até terceirização de secretárias.
A tendência geral do home office vem crescendo no mundo todo, e o Brasil não ficou atrás. Segundo estudos da Fundação Instituto de Administração (FIA), no ano passado, mais de 30% dos brasileiros já considerava a possibilidade de vir a atuar remotamente.
Durante o pico da pandemia, o home office chegou a ser adotado, praticamente, por uma de cada duas empresas (o número passou de 47%). Ao mesmo tempo, metade de todos os colaboradores acabou revelando alguma dificuldade de adaptação.
Também é preciso lembrar que essa modalidade praticada durante a pandemia não é exatamente o que se espera do home office. Afinal, grande parte das pessoas teve dificuldade com o fato de ter de lidar com outros problemas paralelos.
A presença de idosos na família é uma referência, já que eles configuraram grupo de risco. Outro ponto desafiador foi o fechamento das escolas, que levou a muitos pais tivessem de lidar, simultaneamente, com o trabalho e a atenção para os filhos.
Seja como for, é preciso reconhecer que essa cultura é bastante diferente do que era praticado até uma década ou alguns anos atrás. Por isso mesmo, a mudança de paradigma, de hábitos e de disciplina pode ser bastante desafiadora no começo.
Isso vale tanto para momentos de pandemia, como vale para qualquer outra situação. Sendo assim, se você deseja compreender melhor como é possível transformar o home office mais produtivo, saudável e tranquilo, siga adiante até o fim da leitura.
O papel e a importância da disciplina
O primeiro ponto que salta aos olhos quando o assunto é trabalho remoto, é a questão da delegação de atividades. Certamente, essa está entre as maiores preocupações dos próprios empregadores e donos de negócio.
Com certeza, as empresas de instalações elétricas prediais precisam de boa parte da equipe trabalhando presencialmente. Mas também é preciso considerar que grande parte da folha de pagamento pode atuar remotamente, não é mesmo?
Basta pensarmos no financeiro e no administrativo. Dependendo do formato de trabalho, também podemos falar do pessoal de vendas e talvez até de pós-venda. É por confundir a função de cada profissional que o home office pode causar espanto.
Tendo percebido que não há motivo paras as empresas temerem essa novidade, e que no fundo já estamos vivendo o futuro, precisamos ponderar outra questão fundamental. Trata-se do papel que os funcionários remotos têm nesse quadro todo.
A disciplina pessoal de que eles precisarão para tocar a rotina, sem deixar o serviço cair, é grande. Lembrando que é necessário manter não apenas a quantidade de trabalho, mas também a qualidade.
Então essa é uma dica para você que também passa por essa experiência. Pense no trabalho remoto como um serviço quase autônomo; ou seja, pense como se fosse o dono do seu próprio negócio.
Isso também é válido para alguém que levou demandas artesanais para casa, como manutenção relógio de ponto, tanto quanto vale para funcionários estratégicos, que precisam responder por altas solicitações e ter uma postura mais antenada e pró-ativa.
No fundo, “pensar como dono da empresa” é obrigação de todo funcionário, concorda? Seja você um trabalhador presencial ou não, no fim a sua carreira é que vai agradecer, pois o crescimento pessoal é bem maior quando se pensa assim.
Como ser uma pessoa mais produtiva?
Se o que foi dito acima sobre disciplina e crescimento pessoal parecer muito teórico, ainda é possível destrinchar essa dica e torná-la mais prática. De fato, existem alguns macetes que podem deixar sua rotina muito mais eficiente.
Se você trabalha o dia todo no computador, na parte de administração, redação ou mesmo edição de imagens de folder turístico, o desafio é grande. Afinal, é ali que estão a internet, as redes sociais, os e-mails pessoais e tudo o que pode gerar dispersão.
Em um caso desses, não adiantaria de nada você deixar o celular de lado, exigência que até faz parte da cultura de algumas empresas. Hoje em dia, já é possível acessar os aplicativos de conversação direto pelo computador.
É aí que aplica-se o perfil que abordamos acima, sobre disciplina e compromissos pessoais.
Um modo de ativar esse seu lado mais responsável é desenhando metas e fixando uma agenda cheia de detalhes sobre atividades, descanso e produção.
Realmente, saber descansar é tão importante quanto saber trabalhar. Então comece reservando os horários de refeição, descontração e até cochilo (quem se sente muito “mole” após o almoço, por exemplo, pode ver numa soneca rápida uma solução mágica).
Essas metas devem ser diárias. Só assim você consegue se cobrar e, caso não consiga entregar o mínimo em um dia, repõe no outro. O que é bem diferente de ver, apenas no fim do mês, que você foi mal.
Se a empresa trabalha com entrega expressa motoboy, e cabe a você apenas tirar os pedidos e repassá-los ao entregador, sua agenda será determinada pelo próprio horário comercial.
Em outros casos, é possível customizar o dia inteiro, o que é especialmente valioso para o caso de você trabalhar em casa e conviver com parentes ou outras pessoas durante o dia.
Pensando no seu cantinho de trabalho
Algumas dicas um pouco mais práticas podem remeter a uma questão que, na maioria das vezes, não ocorre aos trabalhadores, mas que depois de ser dita, aparenta ser óbvia: trata-se de preparar um espaço especialmente dedicado à sua atividade.
Às vezes, isso permite uma organização mais criteriosa, como no caso de instrutores de aula de fitdance para iniciantes que, no decorrer da pandemia tiveram que trabalhar remotamente, via videoconferência com seus alunos.
O que ocorre nesse caso, é que boa parte dos profissionais chegam a montar estúdios dentro de casa, promovendo uma experiência bem mais favorável para os clientes. Mas não é preciso investir muito, especialmente se você só precisa do computador.
Nesses casos mais simples, em vez de ficar na mesa da cozinha, é possível investir em uma mesa que caiba no quarto, onde você terá tempo e espaço para ficar sozinho. Em algumas situações, há condomínios que já dispõem de estações de trabalho para isso.
Isso demonstra que home office não significa, necessariamente, ficar em casa o dia todo. Outra possibilidade é investir na sua própria casa, como por meio de sonorização de ambientes residenciais.
Esse serviço permite tornar uma varanda, por exemplo, em uma espécie de ampliação da casa, garantindo que o ambiente seja silencioso ou que você trabalhe com a sonorização pretendida para cada momento específico.
Isso também é importante por conta da iluminação natural. Se você prefere um local mais bem iluminado, é possível fazer uso de áreas externas, sem ficar à mercê dos barulhos da rua.
Onde ficam a tranquilidade e o emocional?
A questão do equilíbrio ou disposição emocional é bastante importante. Se ela já era fundamental nas empresas, onde as pessoas conviviam a maior parte dos seus dias, em casa essa demanda não deixa de ser importante.
O primeiro ponto é notar isso mesmo: que com a mudança de cenário o desafio não desaparece, mas apenas muda de figura. Em casa você não terá, por exemplo, serviço de comida para empresas, então precisará cozinhar por conta.
O simples fato de ter de parar para fazer seu almoço e não comer com os colegas, já pode ter uma carga emocional e até afetiva. Isso realmente varia de pessoa para pessoa, e pode acabar gerando estresse ou insatisfação generalizada.
Geralmente, essas causas podem refletir pelo corpo todo, tal como:
- Dores na cabeça;
- Desconforto nas costas;
- Incômodos na barriga;
- Cansaço nos ombros.
Uma dica em caso de solidão é pensar num pet, aquele mesmo bichinho que antes você não podia ter, já que passava o dia todo na rua, lembra-se? Caso a questão seja, pelo contrário, o excesso de gente em casa, é necessário sentar, conversar e alinhar as rotinas.
Simplesmente “sair trabalhando” e atropelar o fato de que a rotina mudou não vai resolver muito, e certamente trará problemas, como o de um dos lados acabar sentindo que teve seu espaço invadido.
Isso é assim especialmente no cenário da pandemia. Com ela tudo teve de adequar-se, como faculdades, colégios e uma simples escola particular integral que virou EAD (Ensino a Distância). E tantos outros segmentos e cargos que tiveram de se reinventar.
Aliás, um modo adicional de investir na saúde emocional é aproveitar o tempo livre (que você ganhou por não precisar se deslocar no trânsito, por exemplo) com cursos, aulas de música, dança, pilates e daí em diante.
Com isso, vemos como o home office realmente pode ser muito mais eficiente e gratificante para qualquer profissional que vá exercê-lo, em qualquer época da vida.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.